C11, ASI 290mc. A parte mais descontínua no final da animação é devida a minha parada para jantar. |
Como esta animação foi feita (para iniciantes): para a fotografia planetária, lunar e solar, o método consagrado utiliza um telescópio e uma câmera de vídeo. A ideia é fazer inicialmente um vídeo do planeta (lua ou sol), pois assim pode-se contornar a turbulência atmosférica. Como o vídeo é decomposto em frames, alguns frames tem chance de ter capturado um momento de estabilidade atmosférica. Após a feitura do vídeo então, usamos um programa que decompõe o vídeo em frames, escolhe os melhores, alinha para compensar a rotação da Terra, e faz o empilhamento dos melhores frames o que reforça a razão sinal/ruído. Ao final, fazemos os ajustes comuns em programas de edição de foto como contraste, cor, etc. O programa mais famoso para alinhamento e empilhamento de frames é o Registax (gratuito e feito por astrônomos amadores). O resultado final é uma foto planetária (lunar ou solar). Geralmente, utilizamos mais de 2000 frames (alguns astrônomos vão além de 10000). O resultado acima é uma animação e não um vídeo. Para fazer uma animação, utilizamos várias fotos feitas pelo método descrito acima, com intervalos de tempo suficiente para mostrar, por exemplo, a rotação de um planeta e a translação de seus satélites como acima. Para tal, um bom programa é o PIPP (também gratuito) que uniformiza as fotos para obter uma animação. No caso de Júpiter e seus satélites, somos ajudados pela alta velocidade de rotação do planeta (menos de 10 horas) e também pelo rápido deslocamento dos seus satélites, além dos espetaculares trânsitos tanto do próprio satélite como de sua sombra. A animação acima é fruto de cerca de 250 gb de dados. Um bom notebook ajuda.