Brevíssima história. Em
1543, Copérnico recebeu em seu leito de morte a sua obra magna “Das Revoluções
dos Mundos Celestes”. Apenas um breve comentário sobre a teoria havia circulado
pelas mãos de seu discípulo Rheticus. A partir daí, foram necessários cerca de
150 anos para o pleno estabelecimento do sistema copernicano (heliocêntrico).
Pesavam contra o copernicanismo 3 argumentos. Em primeiro lugar, a ausência da
paralaxe das estrelas “próximas” contra o fundo das estrelas mais “distantes”,
uma vez que a translação da Terra deveria levar a um deslocamento aparente das
estrelas. Em segundo, o argumento da torre que dava como absurdo o fato de que,
em havendo a rotação da Terra, uma pedra lançada do alto de uma torre caísse em
seu pé. Finalmente, o padrão das fases de Vênus deveria ser diferente, conforme
o sistema fosse geocêntrico ou heliocêntrico (para este padrão vide o artigo do
prof. Fernando Lang em https://cref.if.ufrgs.br/?contact-pergunta=visibilidade-dos-planetas-e-as-fases-de-venus).
Com o surgimento de Galileu e outros
personagens, gradualmente, os contra-argumentos
foram superados. A paralaxe das estrelas de fato existia, mas era cerca de 40
vezes menor do que se supunha (devido a uma suposição errônea sobre as distâncias estelares). Telescópios de maior abertura
foram necessários para medir tal paralaxe. O argumento da torre foi respondido
pelo princípio de inércia já presente na obra de Galileu. O padrão das fases de Vênus
aguardou também observações mais acuradas feitas pelo telescópio e contribuíram
para a consolidação do copernicanismo [texto próprio]. Foto tomada com William Optics Z 151, ASI 290, Powermate 2,5. |