Telescópio Urbano
Esta página tem o objetivo de estimular a astronomia amadora e o uso do telescópio. É dirigida a crianças, jovens e adultos curiosos.
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quinta-feira, 31 de outubro de 2024
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sábado, 10 de agosto de 2024
Ar 3780: o monstro cresceu
quarta-feira, 7 de agosto de 2024
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terça-feira, 7 de maio de 2024
Nebulosa da Galinha Correndo e os glóbulos de Bok
domingo, 5 de maio de 2024
sábado, 27 de abril de 2024
sábado, 20 de abril de 2024
domingo, 24 de março de 2024
sábado, 24 de fevereiro de 2024
Mancha solar AR 3590: uma das maiores dos útimos tempos
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quarta-feira, 17 de janeiro de 2024
domingo, 31 de dezembro de 2023
sexta-feira, 22 de dezembro de 2023
domingo, 17 de dezembro de 2023
quarta-feira, 13 de dezembro de 2023
Fotos planetárias: como fazer?
A técnica consagrada
para fotos planetárias consiste em acoplar uma câmera planetária (de vídeo) pequena
e geralmente barata a um telescópio de
boa abertura (aberturas a partir de 6 polegadas (150mm), no sistema imperial,
costumam produzir bons resultados).Tais câmeras planetárias foram uma evolução
das webcams antigas que foram adaptadas por alguns pioneiros para tal fim.
Assim toma-se primeiro alguns vídeos com 2000 a 3000 frames. Em seguida, cada vídeo é processado em programas que alinham e empilham
os frames melhorando a razão sinal/ruído. Registax é um clássico que pode ser
utilizado juntamente com o Autostakkert, ambos programas gratuitos
desenvolvidos por aficcionados para aficcionados. O processamento final pode ser feito em
vários programas, no próprio Registax ou Photoshop, para ficar em alguns
exemplos. É bastante interessante que o telescópio esteja sobre uma montagem
motorizada. Alguns bravos, entretanto, conseguem alguns resultados interessantes
sobre montagem manual. O método do alinhamento e empilhamento é útil quando o
acompanhamento da rotação da Terra é menos que perfeito e permite também a
escolha dos melhores frames, descartando aqueles que são prejudicados pela
turbulência atmosférica.
Como é sabido, duas
variáveis atmosféricas são as principais para a imagem astronômica, especialmente planetária:
transparência e “seeing”. O déficit em qualquer dessas variáveis prejudica a
imagem. Uma comparação ajuda a explicar. Imaginemos um vaso com águas calmas,
mas com grande quantidade de partículas suspensas – baixa transparência.
Teremos alguma dificuldade de enxergar uma moeda no fundo do vaso. Agora,
imaginemos o mesmo vaso com águas cristalinas, mas que esteja fortemente
agitada –“seeing” ruim. Nesse caso, também teremos uma imagem ruim,
principalmente com distorção da forma, parecendo que o planeta está dentro de
um grande vaso de água fervendo. É importante para o astrônomo aprender o
máximo que puder sobre a atmosfera – a pior inimiga do astrônomo (esta é a
razão dos telescópios espaciais). Para imagem de planetas, o déficit do
“seeing” é o pior inimigo, pois em altíssimas magnificações, características
das imagens planetárias, a turbulência também é magnificada. Quanto ao déficit
de transparência, principalmente se for constante, pode em alguma medida ser
compensado pelo aumento no ganho da câmera.
Na foto abaixo de
Júpiter, fotografei o que chamei de lados A e B, o lado da grande mancha
vermelha (GMV) e o lado oposto, respectivamente. Além das características
faixas equatoriais e temperadas que parecem formar tranças, outras
características merecem destaque. Abaixo e a direita da GMV, está uma segunda
mancha que já foi rosada e agora está praticamente branca, chamada oval BA. Há
também pequenas manchas ovais nas regiões polares de difícil visualização na
ocular do telescópio. A foto do lado A foi feita em 2020 (o lado B é de 2023)
quando havia espetaculares outbreaks azuis acima da faixa equatorial norte,
fenômenos da atmosfera não completamente compreendidos. Entre as faixas
equatoriais, a observação atenta pode revelar os “festoons”, penachos azuis de
baixo contraste em relação ao entorno. Quando os “festoons” estão claramente
visíveis podemos em geral inferir que o “seeing” está bom, havendo maiores
chances de boa fotografia. Adicionalmente, na foto do lado A, o satélite Europa
inicia o seu trânsito sobre Júpiter. No lado B, destaco apenas as curiosas
manchas de vermelho intenso na faixa equatorial sul e norte. Sempre utilizando
a câmera ASI 290, o lado A foi tomado com Schimidt-Cassegrain Celestron 11 e o
lado B com Schmidt aplanático Celestron 11.